Meus olhos ainda te seguem. Sim, eu te acompanho, ainda que julgues que eu não faça mais isso. De longe, de lado, ainda te acompanham. As vezes pequenos, como se estivessem sorrindo pra ti. Outras, em lágrimas daquela que pensa que tu te esqueceres de mim. Mas, eles não abandonam o fino traço de um sorriso teu, o firme passo de tua persistência, tão contagiante em ti, que contagiam os meus olhos, que não mais conseguem viver se não for para te seguir. Por isso, te digo: hoje eu ainda te sigo.
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. (Caio Fernando Abreu)
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